Com o início do período chuvoso e a possibilidade de maior incidência dos casos de dengue no país, a Caixa de Assistência dos Advogados do Estado de Rondônia (CAA-RO), através de uma iniciativa da Coordenação Nacional das Caixas de Assistência dos Advogados (Concad), está lançando uma campanha de vacinação contra a dengue. A vacina aprovada pelo governo brasileiro em dezembro do ano passado ainda não é distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em Porto Velho, cada dose custa em média R$300,00 reais. São necessárias 3 doses com intervalo de aplicação de 6 meses. Com a adesão a campanha, advogados, dependentes de advogados, profissionais da CAA-RO e estagiários inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rondônia (OAB) terão acesso a imunização com uma condição especial, ao custo de R$180,00 por aplicação. A campanha começa pela capital podendo se estender para o interior do estado de acordo com a demanda.
Para participar, o interessado deve preencher um formulário (clique aqui). A vacinação ainda não tem data definida, dependendo apenas da demanda de inscritos. Mesmo com a campanha de vacinação, o Presidente da CAA-RO, Rochilmer Rocha, pede para que a população não se esqueça dos cuidados básicos necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que transmite além da dengue, a chikungunya e o zika vírus. “Precisamos evitar o acúmulo de água em qualquer objeto, a vacina é uma proteção a mais, mas a guerra contra a dengue só pode ser vencida com a participação de todos”, disse o Presidente.
A vacina
A Dengvaxia é produzida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur e é uma imunização recombinante tetravalente para os quatro sorotipos existentes da doença. Ela poderá ser aplicada em pacientes de 9 anos a 45 anos, que deverão tomar todas as doses subcutâneas para eficácia da proteção.
Os testes envolveram 40 mil pessoas em 15 países, em uma pesquisa clínica que resultou em 25 estudos. No Brasil, cerca de 3.500 pessoas de cinco cidades participaram das etapas de testes. Os testes apontaram uma redução de 81% das internações e 93% dos casos graves. Em média, 66% dos pacientes com os quatro sorotipos ficaram imunizados – 2 em cada 3 pessoas, segundo a Sanofi. A vacina foi produzida com um vírus vivo atenuado e possui em sua estrutura o vírus vacinal da febre amarela, que lhe garante estabilidade.